A China apelou neste sábado (13) aos Estados Unidos para que cancelem totalmente as tarifas recíprocas impostas entre os dois países. O pedido vem após a decisão norte-americana, anunciada na sexta-feira (12), de isentar produtos de alta tecnologia chineses — como smartphones e computadores — das recentes sobretaxas alfandegárias.
"Instamos os Estados Unidos a dar um passo importante para corrigir seus erros, cancelar completamente a prática equivocada de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo", declarou um porta-voz do Ministério do Comércio da China, segundo a agência AFP.
A declaração acontece em meio à guerra comercial entre as duas potências, que tem gerado preocupações nos mercados financeiros globais. A medida americana foi vista por Pequim como um "pequeno passo", embora o governo chinês ainda esteja "avaliando seu impacto", conforme nota oficial.
De acordo com um memorando do Serviço Alfandegário dos EUA, as isenções se aplicam especialmente a produtos eletrônicos fabricados na China e destinados ao mercado norte-americano. Um exemplo é a gigante Apple, que monta seus iPhones em território chinês.
Por outro lado, a China respondeu com retaliação. Também na sexta-feira, o governo chinês anunciou o aumento para 125% das tarifas sobre todos os produtos norte-americanos, medida que entrou em vigor no sábado (13).
Antes da isenção parcial, os EUA haviam elevado as tarifas para 145% sobre certos produtos asiáticos, o que gerou tensão e forte reação por parte de Pequim. Agora, a China cobra coerência e exige um recuo completo por parte da Casa Branca.