Durante participação no Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, nesta segunda-feira (1º), o deputado federal João Daniel (PT) se manifestou contra a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a fraude no INSS, proposta na última quarta-feira (30) com o apoio de 185 parlamentares da oposição.
A CPI visa investigar denúncias de cobrança indevida de mensalidades de aposentados por sindicatos, um esquema que teria causado um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões. Para João Daniel, a criação da comissão não é necessária. “Não há motivo nenhum para criar CPI”, afirmou.
O deputado classifica a proposta como uma manobra política da oposição e ressaltou que investigações já estão em curso por meio de órgãos competentes. “O governo do presidente Lula dá total apoio à transparência. Esta operação da Polícia Federal com a CGU tem o apoio do Ministério da Previdência e do governo federal. Portanto, não há motivo nenhum para criar CPI”, destacou.
João Daniel também comentou sobre a origem do esquema de corrupção, atribuindo sua ocorrência ao governo anterior, em 2019, e assegurando que a situação está sendo tratada. “Nada fica escondido debaixo do tapete”, garantiu.
Além disso, o deputado rebateu as críticas de que o governo estaria tentando se esquivar das apurações e reforçou que, caso responsáveis sejam identificados, serão punidos. “Se houver denúncias, haverá apuração e punição. A Polícia Federal e a CGU estão fazendo o trabalho correto”, afirmou.
Apesar da posição de João Daniel, a proposta da CPI segue avançando com apoio significativo, incluindo as assinaturas de quatro deputados sergipanos: Rodrigo Valadares (União Brasil), Thiago de Joaldo (Progressistas), Gustinho Ribeiro (Republicanos) e Ícaro de Valmir (PL).
A instalação da comissão agora aguarda a leitura do requerimento no plenário da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, a CPI terá 120 dias para investigar o caso, com possibilidade de prorrogação.