A cada novo dia, Luana Regina, uma mãe determinada, se vê em uma luta diária para garantir o direito de seu filho Pedro Luca, diagnosticado com autismo em 2023, a uma educação inclusiva e digna. Em um relato emocionado, ela expõe a difícil experiência enfrentada por sua família na busca por um espaço seguro e acolhedor dentro das escolas. O que parecia ser uma tentativa de oferecer um futuro melhor para Pedro se transformou em um pesadelo, repleto de angústia, desespero e descaso por parte da instituição de ensino.
Aos 4 anos, Pedro já se destacava no tratamento terapêutico, realizando diversos tipos de terapia desde os 12 meses de idade. Para sua mãe, o que era para ser um momento de alegria ao matricular o filho na escola, rapidamente virou uma amarga decepção. Em pleno 2025, a escola não estava preparada para lidar com a realidade de uma criança autista, mesmo com a matrícula paga, os materiais adquiridos e o desejo de ver Pedro bem-sucedido na sua jornada acadêmica.
Após apenas cinco dias de aula, Luana recebeu uma ligação da diretora, pedindo ajuda. O motivo? O comportamento de Pedro, que, segundo a escola, estava "atrapalhando a dinâmica de aula". A criança, com todo o potencial do mundo, foi rotulada como “agressiva”, “incontrolável” e até comparada a um “bicho” que causava medo nas outras crianças. "Ele estava incomodando a professora", diz a diretora, sem sequer tentar entender o que Pedro realmente precisava: um acompanhamento adequado e um ambiente inclusivo que o acolhesse.
O que Luana não esperava era que, ao invés de apoio, encontraria uma instituição que preferia afastar seu filho, em vez de buscar soluções para integrá-lo de forma adequada. Um pedido de suporte profissional, por parte da escola, foi feito à psicóloga, mas o resultado foi frustrante. Nenhuma medida concreta foi tomada, e Pedro continuava sendo negligenciado.
Na tentativa de ajudar seu filho, Luana buscou recursos privados, levando uma psicóloga e uma psicopedagoga para entender as necessidades de Pedro. Contudo, nem mesmo com a ajuda externa a situação melhorou. Pedro, sem o suporte necessário, começou a apresentar comportamentos que não eram comuns em casa ou nas terapias. A escola, em vez de buscar alternativas, simplesmente afastava o menino, isolando-o em um canto da sala ou na secretaria.
O clímax dessa história triste ocorreu quando Luana tentou pagar para que um auxiliar ficasse com Pedro por um tempo, até que ele se adaptasse melhor. A resposta da escola foi um categórico "não". Ao ser questionada sobre o motivo, a diretora alegou que a situação era "muito complexa", como se o cuidado e o bem-estar de uma criança com autismo não fossem prioridade.
Com o coração partido e sem mais opções, Luana foi forçada a retirar Pedro da escola. O que deveria ser um direito garantido de inclusão, virou uma batalha constante contra um sistema que, infelizmente, ainda não está preparado para lidar com a diversidade. Pedro Luca, que era tratado com amor e respeito em sua casa e nas terapias, foi deixado de lado pela escola que deveria ser seu espaço de aprendizado e acolhimento.
A dor de Luana é o reflexo de muitas mães e pais que enfrentam o mesmo tipo de situação todos os dias. O sistema educacional brasileiro ainda precisa urgentemente se adaptar e entender a importância de apoiar as crianças com necessidades especiais, criando ambientes verdadeiramente inclusivos, onde todos possam aprender e crescer sem discriminação.
Este é um alerta para todos nós: a luta pela inclusão escolar não pode ser ignorada. E enquanto houver histórias como a de Pedro Luca, o trabalho pela verdadeira inclusão deve continuar.