O Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE) realizou nesta segunda-feira (6) uma audiência pública para discutir medidas de prevenção e fiscalização de bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica e potencialmente letal.
Embora Sergipe ainda não registre casos confirmados de intoxicação, o MPSE decidiu se antecipar ao problema diante do aumento de ocorrências em outros estados do país.
A reunião contou com a presença de representantes da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Guarda Municipal de Aracaju (GMA), Associação Sergipana de Supermercados (Ases) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O objetivo é definir ações integradas de fiscalização e orientação para toda a cadeia de produção, comercialização e consumo de bebidas alcoólicas.
Segundo a promotora Euza Missano, responsável pela condução do encontro, a prioridade é proteger o consumidor e evitar danos à saúde pública:
“Nosso estado ainda não tem casos registrados, mas o problema já causou um dano social imenso no país. Cada órgão tem um papel importante nesse processo de prevenção”, afirmou.
A promotora destacou que uma das principais preocupações é com a rastreabilidade dos produtos — identificar a origem e os responsáveis pela fabricação e distribuição de bebidas adulteradas.
“Queremos que as pessoas possam aproveitar os eventos de forma tranquila. A orientação é clara: comprar apenas em locais regularizados. Na dúvida, não consumir e acionar os órgãos de fiscalização”, reforçou Euza Missano.
Com grandes eventos previstos em Sergipe nos próximos meses, a ação do MPSE busca garantir segurança aos consumidores e orientar comerciantes e distribuidores sobre os riscos e responsabilidades legais relacionados à venda de bebidas ilegais.