O dado coloca Sergipe em uma posição de destaque positivo, sendo o único entre os estados das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste (exceto o Distrito Federal) sem qualquer indício de domínio de facções nesse setor. Além de Sergipe, apenas Acre, Amazonas e Roraima também não apresentaram sinais da atuação do crime organizado em postos.

O contraste é expressivo: estados como São Paulo lideram o ranking negativo com 290 postos dominados por facções, seguido por Goiás (163), Rio de Janeiro (146) e Bahia (103). A presença das organizações criminosas nesse setor está relacionada à busca por capital para financiar o tráfico de drogas, com práticas ilegais como venda de nafta disfarçada de gasolina, sonegação de impostos, importação fraudulenta de derivados de petróleo e adulteração de combustíveis.

O secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, atribui o resultado ao trabalho preventivo e de inteligência das forças policiais sergipanas. “O crime está sempre se reorganizando. Por isso, é fundamental que o estado se antecipe às ações criminosas. Temos mapeado constantemente esses movimentos e atuado com firmeza para impedir sua instalação em Sergipe”, disse.

Ele também destacou a importância da atuação integrada entre as polícias Civil, Militar e Científica. “A segurança pública eficiente depende da união entre as instituições. É essa integração que nos permite avançar no combate às organizações criminosas, evitando que tomem espaço em nosso estado”, concluiu João Eloy.

O resultado é visto como reflexo direto da política de segurança pública firme e coordenada, que mantém Sergipe como um dos poucos territórios blindados contra esse tipo de infiltração criminosa no setor de combustíveis.