O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, revela que a influenza A é responsável por 74% dos óbitos relacionados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. O levantamento, referente à semana epidemiológica 26 (de 22 a 28 de junho), também aponta que seis estados seguem com tendência de crescimento no número de casos graves.
Além disso, a incidência de SRAG continua preocupando, com maior impacto entre crianças pequenas, principalmente em casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já entre idosos, a influenza A permanece como a principal causa de hospitalizações e mortes.
Estados com tendência de crescimento
Entre as 27 unidades da Federação, seis registram aumento nos casos graves:
Alagoas
Sergipe
Minas Gerais
Mato Grosso
Paraná
Roraima
Em outras regiões, como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul, há sinais de interrupção no crescimento ou até queda.
Crianças em maior risco
A Fiocruz destaca que a SRAG em crianças pequenas tem sido fortemente relacionada ao VSR, com aumento de casos em Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia. A incidência de hospitalizações neste público permanece alta em várias regiões.
Recomendações
A pesquisadora Tatiana Portella alerta que, apesar de sinais de estabilização em alguns estados, o cenário ainda exige atenção. “Não é hora de relaxar. É fundamental reforçar medidas como uso de máscaras em casos gripais e, principalmente, a vacinação”, orienta.
O Sistema Único de Saúde (SUS) continua disponibilizando gratuitamente a vacina contra a gripe para os grupos prioritários. Mesmo quem já teve gripe neste ano deve se vacinar, pois o imunizante protege contra os três principais tipos de vírus influenza em circulação.
Números gerais
Em 2025, já foram notificados 119.212 casos de SRAG no Brasil, sendo 52% com resultado positivo para algum vírus respiratório:
45,5% vírus sincicial respiratório (VSR)
26,7% influenza A
22,1% rinovírus
8% Sars-CoV-2 (Covid-19)
1,1% influenza B
A vacinação e os cuidados preventivos seguem sendo as principais armas para evitar hospitalizações e óbitos.