Circula nas redes sociais uma alegação enganosa de que parlamentares da oposição pretendem investigar fraudes no INSS apenas a partir de 2023, ano de início do atual governo. No entanto, o requerimento apresentado pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor da proposta de criação da CPI, solicita apuração de irregularidades ocorridas desde 2019.
No documento protocolado em 30 de abril, o parlamentar aponta que o objetivo é investigar um suposto esquema de cobranças indevidas praticado por sindicatos, que teria causado um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos, conforme levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU). A fraude consiste na cobrança de mensalidades associativas diretamente da folha de pagamento de aposentados e pensionistas, sem a devida autorização.
A assessoria de Chrisóstomo também desmentiu as publicações nas redes, afirmando que, se instalada, a comissão terá como missão apurar os fatos desde 2019. A proposta já conta com a assinatura de 185 deputados e depende agora da autorização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser oficialmente instaurada.
O INSS, por sua vez, informou nesta sexta-feira (9) que a restituição aos beneficiários prejudicados começará no dia 26 de maio.